Aviso na Porta
Colo o meu nome na porta da poesia.
Sem hipocresia me deixo abrir e fechar
Vou no sabor das mãos que me usam
Com o suave toque da língua,
Chego ao céu da boca.
Viagem tão louca essa minha...
Não quero parar!
E que me abram,e que me usem
E me lambuzem no palato de outras bocas.
E que me esfreguem em suas mãos suadas
Pensativas mãos calejadas, de tinta e ilusões
Tão roucas,boquiabertas de tanto sonhar.
Eu não saio daqui por nada...
Sou apenas uma "fachada" e assim
Eu vou ficar...
Pendurada na tua porta
Sem nenhuma hipocresia
Abra,sou eu...
A poesia!
LuciAne