Trovoada a uma da tarde

Tempo que incomoda, clima farsesco

e buriladas burlescas de um ar ser refil

o insalubre cortiço de eras requentadas

vivendo a enganar-se com operações

um coração enlutado envolto em metal

marcial cortejo de sonhos insólitos

O matar o que questiona catacumbas!

Um corpo imune a demandas de dôres

prazer dum sobe-desce de emoções

valei-me que digam tantos anjos...

se dirá que vítimas sem corpo adoecem

e o refluir do esfomear das rezas

se dirão espantar viver como resposta...

Este canto qual doutrina cortesias!

E um tempo calejado em que vão descrê

que as horas escamoteiem só mentiras

nas lágrimas descontroladas dos amores

vertigem antiga de perigar desilusões

convertidos tantos minutos descarados

a pertencer ao castigo maus rancores

Estando primavera ser a metálica flôr!

Jurubiara Zeloso Amado e Francisco Carlos Amado - "pai-mãe de avatares"
Enviado por Jurubiara Zeloso Amado em 25/07/2017
Reeditado em 25/07/2017
Código do texto: T6064809
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