Orca
Vou te esperar
Não tem mais nada pra olhar
Arrancaram-me até a vista
A de perto e a de longe
Sem possibilidade de uso de prótese
Vou te esperar
De olhar manso
A língua pra fora
O coração quase rebentando
Emitindo grunhidos em ultrassom
Feito uma baleia assassina
Presa num banco de areia
O olhar manso
A respiração ofegante
O coração a rebentar