FIM DE CULTO
Um vinho tomado nas sombras
entre morcegos,corvos e corujas
num chão enlameado e fedorento
com os cacos da garrafa anterior
Talvez espere uma fiel sair da igreja
para ser minha vadia esta noite
ela pensará ser uma provação
e talvez reze baixinho
enquanto eu a xingo aos berros
beijando-a com minha barba espinhenta
e meu bafo de vinho quente
Quero-na nua sem crucifixo sem biblía
deixar mordidas e arranhôes em sua pele
e quem sabe,uma criança em seu ventre
Pois eu não a mataria
ela tem que viver para contar
que nasceu de novo aquela noite
naquele pesadelo em que o homem
provavelmente possuido por Satanás
manchou o puro corpo
e a pura alma daquela jovem
que não mereçia tamanho sofrimento.