Raro poema
Eu estive doente durante o ato
O ato de viver
E agora pretendo ser mais forte
Superar
Não paguei por nada
Bebi devagar
Apreciei o veneno
E o tempo julgará
Se ganhei algo
Por aceitar
Meu destino
Meu caminho de espinhos
Tudo é sempre odioso no fim
E nada te machucará
Se estiver comigo
Nada te tirará do meu lado
Achei um diamante no lixo
Era um papel amassado
Com um poema escrito
Direcionado a você
Mil perdões
Ele foi como um grafite
E voltou a minha mão
Como uma joia rara
Eu o deixei
No mesmo lugar onde me encontrou
No lixo.
- Gonçalves