Psalterium

Alumiado pela luz anêmica

Aspira fonemas

Expira mentiras

Frases dispostas em tiras

Como o cádaver de um amimal embalado a vácuo

Quare tristis es anima mea et quare conturbas me

Anima mea

Anima mea

Um mantra

Mas não está nos Vedas

A cara solapada

De sujeito anímico

A boca exsuda

Versos primos

Iverte os polos

Inventa hinos

De louvor a si

Entoa o lamento

Ressoa

De si pra si

Mas não é um sino

Nem um míssel caindo

Que anuncia seu velório

Sem velas de sete-dias

Sem hora marcada

Pararam todos os relógios

Que embrólio

Acabe logo este poema

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Luiz Eduardo Ferreira
Enviado por Luiz Eduardo Ferreira em 30/09/2017
Reeditado em 02/09/2018
Código do texto: T6129534
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