POR TRÁS DA INDIFERENÇA
cada qual... seu céu,
cada qual... seu inferno,
mel e fel na mesma essência,
tudo experiência
em todo canto... luzes
em cada canto... escuridão
misturados em um fosco universo
singular.. pendular... e disperso
singular é a forma com que se vê
os horizontes fechados e abstratos
figurados no medo de se perder
no perplexo mundo do seu retrato
pendular é a forma de se esvair
ora em sangue... ora em sensações
extraídas do fundo inacessível do ser
coloquiais, involuntárias e indiferentes
disperso é o homem no globo
embriagado com sua própria invenção
ora cordeiro... ora gigante.. ora lobo
na sua própria história... vilão
e o que interessa este ponto de vista
se o que todos querem é apenas viver
sem se importar com esta maneira imprevista
de nascer, continuar e morrer
?