Alumiante
O brilho era difuso
Ecoava das velas
Escorria nas paredes
Molhou o piso
A barra das cortinas
Encharcou o tapete
Incandecia nas frestas
Debaixo da porta
Alumiava vorazmente.
Cascateou nas escadas
Até o andar primeiro
Lavou nêonica os móveis
Correu cega até a entrada
Regou o jardim
Transpôs a propriedade
Magmática na sarjeta
Acendeu nos bueiros
Desembocou num rio
Aflorando no brejo
Aonde alimentaria
Gerações de Vaga Lumes.