Tortura

TORTURA

Vento mórbido que minha janela adentra

Em sinistra noite vejo-me tão só

Quero loucamente gritar

Romper o sufocante silêncio

Espantar velhos fantasmas

Profundas chagas cicatrizar

Voltar a sorrir

Viver...

Passam as horas em ácidos segundos

Madrugada em negras asas

Decisões insanas a tomar

Teias estendidas por negras viúvas

Veneno mortal que o futuro aborta

Sangra a alma atormentada

Ensandecida...

Murmúrios na escuridão

Paredes em fogo

Cama em fios de navalha

Paralisia que assusta

Amedronta...

A raiar volta o dia

Mais uma vencida batalha

O sol no horizonte desponta

O céu azul lindo continua

Nos amores meus sobrevivo

Resisto...

Até quando?

Não sei...

Tortura!

Pulsar
Enviado por Pulsar em 12/02/2018
Código do texto: T6251892
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