INOMINÁVEL

As escutas íntimas

aos chavões

às utopias

a quem faz amor em disritmia.

As dores que cozem o fim

o que farão de mim?

Incontáveis teorias

tanta moral.

Meu mecanicismo quando é preciso

meu lirismo banal

meu interior negro e santo

meu sorriso no espelho.

Ao que se assemelha?

O que cada chama queima?

Quem joga os dados?

Quem te conforta?

Quem te faz amordaçado?

Quem sabe teu passado

ou fez tua vontade

te feriu ou fez-te flor.

Quem deu consentimento

ungiu-te de sentimento

e era tudo...amor.

Os filhos...quem honram

quem traz teu nome

quem fez os teus vicios

quem te fez mais vivo.

Um abraço apertado

uma paixão calada

tantas vezes...como foi

com mágoa ou deleite

se há de acreditar...aceite.

E o depois?