Doce Solidão

A noite chega e junto com ela a frieza do calor de uma triste alegre solidão.

Então acende-se de forma sombria a luz que se apaga em sua breve chegada.

Convidada a não entrar se senta ao meu lado, e com suas doces amargas palavras começa a se lamentar.

Tentar não ouvir ou responder a suas provocações se torna inútil.

Gentil elas se faz passar tão somente na intenção de reviver as dores e desilusões passadas.

Embasadas em sua fonte inesgotável de sofrimento tenta disfarçar as cicatrizes como um alento.

Atento fico a observar seus lábios que a cada palavra dada se tremem

Conforme a dor da ferida não cicatrizada.

Traumatizada então por não conseguir êxito em sua forma de abordagem calculista e dolorida.

Ferida e sentida em um rompante levanta-se, me agradece e de mim se despede.

Marcos Alencar

Marcos Alencar
Enviado por Marcos Alencar em 02/04/2018
Reeditado em 02/04/2018
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