Acordo, de acordo!

As vezes fico tão afastado dos versos

que tenho até preguiça de ler,

mas quando me sinto sozinho,

atordoado e meio tristinho

as linhas começam aparecer.

Nos momentos mais sinceros

coloco-me a escrever

músicas, pregos, martelos...

e martelo até o amanhecer

As vezes sai um barulhão

outras não escuto nadinha

como nos dias em volta do lago

chapando com ideias revolucionárias

comendo cachorro quente de carrocinha

Nos porres de sábado e domingo

me deito e acordo dormindo

acordo de acordo com nada

e corro, como quem estava saindo

Thiago Jardim
Enviado por Thiago Jardim em 06/08/2018
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