Acordo, de acordo!
As vezes fico tão afastado dos versos
que tenho até preguiça de ler,
mas quando me sinto sozinho,
atordoado e meio tristinho
as linhas começam aparecer.
Nos momentos mais sinceros
coloco-me a escrever
músicas, pregos, martelos...
e martelo até o amanhecer
As vezes sai um barulhão
outras não escuto nadinha
como nos dias em volta do lago
chapando com ideias revolucionárias
comendo cachorro quente de carrocinha
Nos porres de sábado e domingo
me deito e acordo dormindo
acordo de acordo com nada
e corro, como quem estava saindo