Jardim de Flores Mortas

No jardim escuro e sujo uma luz veio a brilhar

Para seu brilho e energia uma semente brotar

Mas que jardim é esse onde nada mais veio a vingar?

No jardim das flores mortas primavera não haverá.

Mas o constante brilho, que insistentemente o mundo busca

torna essa luz forte e acesa como uma vela que ofusca

E atrai olhares do escuro e frio submundo trágico

Encanta os bons e maus como a ilusão de um mágico.

Olhos que espreitam do escuro, Cobiça no olhar do impuro

Vem das sombras disfarçado, Se aproxima pulando o muro

Um Fauno toca o jardim em cascos pisando ao centro

Apodrecendo onde pisa trazendo a maldade por dentro.

O que buscai em meu Jardim? Será amaldiçoado!

Se aproximando e tocando flores, quais nem mesmo têm regado

Encontrará a prisão eterna de um caixão acorrentado

E esquecido por muito tempo no fundo do mar gelado

Nem o espinho de outra flor, nem as tempestades do verão

Nada a impedirá de brotar e florescer em meio ao chão

O vento frio do inverno, vem pelo vale da sombra

Destruindo tudo em volta como o efeito de uma bomba

Um mal espreita de fora e ronda por perto à noite

Acorrentado no caixão ele a vê com um sorriso doce

No Jardim de flores mortas o Fauno, um casco e um coice

Em seu cavalo alguém chegava, era a morte com sua foice.

Slinn
Enviado por Slinn em 25/10/2018
Código do texto: T6485879
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