Sonho
Cruza o corredor entre sonhos guardados
E alcança os segredos do ego calado
No fundo de uma arca ela busca e lhe traz
Todas sensações que lhe trazem paz
Uma porta trancada no fundo da sala
A mordaça na boca e logo se cala
Prendendo à madeira algemas nos pulsos
Trazendo devaneios e desejos avulsos
No simples olhar e um toque suave
Alcança o prazer no momento mais grave
Trazendo para fora a energia guardada
Faltando-lhe o ar a cada rajada
A alma lá longe em um par perfeito
Trocando palavras que saltam do peito
A noite ilumina o quarto escuro
Testemunha o pecado e o amor mais puro
Sete anos de azar ao quebrar o espelho
Um sorriso tão meigo com seu aparelho
Pele clara, macia e pálida como a lua
Destacando pintas de uma Deusa nua
Como a foto de um céu estrelado em Negativo
Pintas escuras destacam-se em um branco tão vivo
Tornando a loucura algo quase real
Em sono profundo caindo ao final.