MEUS SINAIS

As asas não são minhas.

Não pouso em tua morada

Por querer...

A poesia roga,regurgita

Lembranças,pele e asfalto.

O espírito adormece...

Padece o corpo,

Pele acesa,luz de olhos

Vivos que me tocam.

Mãos sedentas de poesia

Ornamentam os signos,

Que me enroscam.

Que me escorrem.

Garganta ávida da semiótica

Da vida,do flutuante.

Do encantamento,

Que me enrubrece a face.

No raso me afogo,

Na profundeza dos signos

Me afago,me acolho confusa,

Canto o meu canto de sereia.

Não sou tão branca

Na alma,feito a pele

Que me pede arrepios.

Cios e ciclos.

Não são os mesmos

Pela visão do

Semi-momento.

Por isso eu pouso,

Em tuas mãos.

Luciane Lopes
Enviado por Luciane Lopes em 13/09/2007
Código do texto: T650578
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