MEUS SINAIS
As asas não são minhas.
Não pouso em tua morada
Por querer...
A poesia roga,regurgita
Lembranças,pele e asfalto.
O espírito adormece...
Padece o corpo,
Pele acesa,luz de olhos
Vivos que me tocam.
Mãos sedentas de poesia
Ornamentam os signos,
Que me enroscam.
Que me escorrem.
Garganta ávida da semiótica
Da vida,do flutuante.
Do encantamento,
Que me enrubrece a face.
No raso me afogo,
Na profundeza dos signos
Me afago,me acolho confusa,
Canto o meu canto de sereia.
Não sou tão branca
Na alma,feito a pele
Que me pede arrepios.
Cios e ciclos.
Não são os mesmos
Pela visão do
Semi-momento.
Por isso eu pouso,
Em tuas mãos.