Entre quatro paredes
No canto de um quarto
Quatro por quatro
Agachada eu estou
Dizendo bem baixinho:
“não me deixe não me deixe”
Ninguém me ouve
Ninguém me vê
Entre drogas alucinógenas
Seringas me espetam
Divirto-me com os sonhos tridimensionais
Debato-me como uma louca
Nas paredes do quarto
Sem segurança, sem proteção
Estou só
Na minha solidão
No meu mundo de imaginação
Sem saber que terei o perdão
De tê-lo de volta
A vida que tinha perdido
Ao amor nunca esquecido