Meu obscuro

Nunca me vi tão confuso,

Qualquer escolha

Vai ser um tiro no escuro.

Já quis mudar o mundo,

Só que nem sei

Qual é o meu rumo.

Qualquer piada mortal

Me faz como um palhaço,

Que nunca foi risonho.

Só que mais maluco,

Agressivo como

Um animal noturno !

Não sou um soldado tão forte assim,

Então imploro por um escudo.

A cabeça vazia

Não é uma oficina.

Quem diria

Que uma mente seria tão

Complexa quanto um enigma ?

É tanta loucura

Que Parece ficção científica!

Tanto sentimentos

Atordoados por esse temperamento, cheio.

Me encontrei preso,

Acorrentado,

Torturado...

Não injete vacina,

Não me leve

Em uma clínica.

Tô me auto mutilando...

Vocês não entendem

Pelo que tô passando !

Entre consultas,

Vendo milhares de agulhas,

Tomando várias pílulas.

E de tantas tentativas de cura,

Só cresce a dor e a amargura.

A insanidade virou uma armadura,

Me protegeu de toda culpa!

Cavei minha própria cova,

E construí minha sepultura

E o pior é que isso é parte da cultura.

Destruíram meus sonhos,

Assim, nem um

Palhaço é risonho.

Reprimiram o que eu sentia,

De tanta dor, eu já implorei

Por uma mísera dose de morfina!

Alguns só querem ver

O circo pegar fogo,

Eu mesmo destruí

Tudo que crio.

Idealizando um mundo fictício!

Gabriel Atalla
Enviado por Gabriel Atalla em 24/01/2019
Código do texto: T6558624
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