Ela era assim

Em seus braços ela vivia a eternidade que o infinito lhe permitia

Ela amava loucamente, impaciente, cheia de querer

Ela sabia que a vida era fugaz

E amava como se fosse morrer

Ela recitava poesia e queria ser Clarice apenas um dia

E quando não cabia mais em si, ela ria e chorava

Vibrava e gritava, na mesma sintonia

Mas no fundo ela sabia, que ser ela mesma bastaria

Ou não

Ela se desencontrava nas profundidades de sua alma

Se libertava e se rendia

Ela era a intensidade pura

E elogiava sua própria loucura

Ela era assim, meio doce meio amarga

Não se contentava em ser pouco amada

Se perdia nas asas sul e norte

Ficava tonta nas tesourinhas da cidade

Perdia quase tudo

Mas por muita sorte

O coração dele, ela ainda guardava

Claudeth Oliveira
Enviado por Claudeth Oliveira em 19/02/2019
Reeditado em 19/02/2019
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