Metafisica dos Delirios

Musa!Libertai os pálidos seios

Que nutrindo meus abismos

Com arpejos e abraços ubíquos

Da carne quente em efusão intempestiva.

Sonho silêncios de vãs urdiduras

Laivos semânticos de caos

Angústia febril de quem ama.

Ah...Ah...Ah...Morte onipresente

Chorai rios de lamentos

Desaguando no mar salso das lágrimas.

Escuridão elocubrai vertigens

Ao desperdiçar mistérios.

Penetro a musa e gozo...

Fecundo seu útero etéreo

E o zigoto grita

Permanentes carências

desenvolvendo-se nos vazios da memória.

Dor perene,dor perene

Primaveras enxugam com pétalas

As lágrimas negras do meu existir.

Rizomas de luz espalham-se

Pelos delírios da metafísica,

Ferindo o infinito com fogo

e o coração... com afeto!

Luis Felipe Saratt
Enviado por Luis Felipe Saratt em 18/09/2007
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