Metafisica dos Delirios
Musa!Libertai os pálidos seios
Que nutrindo meus abismos
Com arpejos e abraços ubíquos
Da carne quente em efusão intempestiva.
Sonho silêncios de vãs urdiduras
Laivos semânticos de caos
Angústia febril de quem ama.
Ah...Ah...Ah...Morte onipresente
Chorai rios de lamentos
Desaguando no mar salso das lágrimas.
Escuridão elocubrai vertigens
Ao desperdiçar mistérios.
Penetro a musa e gozo...
Fecundo seu útero etéreo
E o zigoto grita
Permanentes carências
desenvolvendo-se nos vazios da memória.
Dor perene,dor perene
Primaveras enxugam com pétalas
As lágrimas negras do meu existir.
Rizomas de luz espalham-se
Pelos delírios da metafísica,
Ferindo o infinito com fogo
e o coração... com afeto!