SALMO 127

Se o senhor não edifica tua casa

Não servirás nem mil dos trabalhadores mais hábeis

Tudo virá ao chão, tudo virá a ser brasa.

O senhor não é aquele dos céus,

Não dignifica o homem, nem felicita meninas enamoradas.

Esse perdeu espaço, suas trilhas estão cheias de cascalho

Mesmo entre os insultos, Nietzsche não errava:

“Deus está morto” há um novo em sua morada.

Pode chama-lo “senhor de réis”

Soberano dos soberbos

Não presta muita atenção em seus erros

Acaba por sair sem um de seus chapéus

E vira “senhor dos reis”

Todos um dia para ti hão de ajoelhar

Perante a suave verde tinta de sua túnica

Beijar-lhe os pés, pois sois a verdade única

Sobre o porquê de o homem rir e chorar

Oh meu grande!

Sem ti, nenhuma casa alicerça

Sem ti, Todas as igrejas são fechadas

Sem ti, não há gozos, nem festas

Sem ti, as lembranças não são laçaradas

Sem ti, não vencemos nenhuma guerra

Sem ti, todo sonho é conto de fada

Oh altíssimo!

Sem ti, nenhuma palavra presta

Sem ti, não entoam as canções

Sem ti, não anda os corações

Sem ti, não se abraçam as nações

Sem ti, poemas não chegam em mãos

Das moças sujas jogadas nas calçadas

Das crianças de olhos vermelhos e barrigas esfomeadas

Dos homens em fileiras apertadas da tua cruzada.

André M Carneiro
Enviado por André M Carneiro em 15/07/2019
Reeditado em 15/07/2019
Código do texto: T6696406
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