Delirio
Meu corpo
é um vulcão
que não quer adormecer,
meu sangue
é lava incandescente
que escorre pra dentro
de mim mesmo,
varrendo de mim
toda a racionalidade...
Chuva de fogo e cinzas
torna em carne viva
meu desejo e minha ira,
transborda em mim
o que confesso não ter perdão,
desfigura minha alma
e minha face diante o espelho,
Revela meus ossos agora
descascados de minha pele
e suplico a loucura
que me liberte da dor
de não ter o teu corpo
vestido no meu.