SANSARA MONOCROMÁTICO

O toque chega a tocar o luar

temos todas as fichas do fliperama

Todos sons não são dilemas

Todos sonhos já foram lama

Medicinal

E é bem capaz que seja a sua vitória

Na agonia tudo é rei

A sete palmos, batem palma, para o que errei

Na bromélia que derrete

Tudo é imortal

Segue a vida que vou destruir

Evito metáforas

Segue a vida que não precisa mais de explicação

De forma exata e de dia inepta; eu preciso anunciar

Não gosto de metalinguagem no corpo do poema

Por saber que a poesia de sua alma

Só tem a chave quem chega de corrimão

Afinal só quem for capaz de perdê-la

Aguenta está direção

E se há o cobre

Há também a prata e ouro

Viva de esperas

Viva do amor

É só assim que paramos

Paramos por sermos impedidos

Esqueça do fim

Ligação a cobrar

Ir antes da hora

I faz a roda novamente girar

Leonardo Daniel

21/06/2014

Camuflagem