"AMÉM"
Quando o álcool já não faz o mesmo efeito
E todas as fumaças já perderam a graça
Persisto buscando virtudes nos meus vícios,
Ainda procurando a vida naquilo que me mata.
Recontei minhas cicatrizes
E refiz algumas feridas,
Vomitei o sangue do meu coração
Tentando estancar minha vida.
Minhas lágrimas secaram sem brotar aos olhos,
Evaporaram com o calor do meu orgulho imundo,
De mais um bêbado vagabundo_
Louco_
Perdido no mundo
Ou em mais um devaneio absurdo.
Digo “Amém” sem orar
Não me arrependo dos meus pecados,
Mas espero a ajuda de Deus
Apesar de tê-Lo abandonado.
Se eu morrer,
Se eu me matar,
Se eu viver,
Se eu chorar_
Se meus sentidos me aleijam
Eu não sou ninguém_
Que assim seja,
“Amém”.
14/10/07