"AMÉM"

Quando o álcool já não faz o mesmo efeito

E todas as fumaças já perderam a graça

Persisto buscando virtudes nos meus vícios,

Ainda procurando a vida naquilo que me mata.

Recontei minhas cicatrizes

E refiz algumas feridas,

Vomitei o sangue do meu coração

Tentando estancar minha vida.

Minhas lágrimas secaram sem brotar aos olhos,

Evaporaram com o calor do meu orgulho imundo,

De mais um bêbado vagabundo_

Louco_

Perdido no mundo

Ou em mais um devaneio absurdo.

Digo “Amém” sem orar

Não me arrependo dos meus pecados,

Mas espero a ajuda de Deus

Apesar de tê-Lo abandonado.

Se eu morrer,

Se eu me matar,

Se eu viver,

Se eu chorar_

Se meus sentidos me aleijam

Eu não sou ninguém_

Que assim seja,

“Amém”.

14/10/07

Denis Almeida
Enviado por Denis Almeida em 15/10/2007
Reeditado em 18/05/2009
Código do texto: T695692
Copyright © 2007. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.