A invasão
Nessa noite maluca me veio na cuca
Uma vontade louca de vir te encontrar
Me venha, me venha, pra que’eu te ordenha
Te mostre minha lenha, e retire teu ar.
E nessa história me vem na memória
A doce lembrança dos tempos de amar
Menina, docinha, morena tão minha
Te dou meu alento, meu cheiro e estar
Perdido na selva desses teus cabelos,
Maranhas, barganhas, em assanhas tamanhas.
Em tais artimanhas te quero assanhar.
Vem cá, venha logo, enquanto eu te rogo,
Não seja menina a querer desviar.
Vou ser teu amigo, teu rei, teu marido,
Teu moço atrevido, teu dono e teu lar.
Vem cá, venha nessa, se envolva depressa.
Te quero à beça, te vou macular.
E nessa loucura sem pé nem cabeça,
Você com certeza vai logo falar
Que eu sou maluco, mas eu sou astuto,
Te invado com tudo na beira do mar.