Tudo é Paranóia

 

 

tudo

tudo é paranóia

a flor sem vaso

o silencio escuro

o computador sem memória

 

tudo

tudo é paranóia

o amor sem dor

as janelas cerradas

o beijo guardado no isopor

 

tudo

tudo é paranóia

a cabeça pra fora

a palavra presa sob a língua

a felicidade que evapora

 

tudo

tudo é paranóia

o poeta e o agora

o sentir sem ter sido

o poema que aflora...