Minha morada, minha cabeça

Ao bobo, tolo que rodeia as margens da sanidade,

Sabedoria inata cativante e cativa do ser,

Desabrocha e revela sua natureza engarrafada,

Natural que vem e que passa,

Fica na mente que chamam de decrépita,

Piores são eles que não enxergam,

Cabeças estafadas de medíocres inférteis,

Melhor esterco que nada a se comparar,

Metade de algo é algo que não se acabou direito,

Inteiramente logo se livra disso,

Enganados estão de sua liberdade,

Sou livre em mim e não prisioneiro,

A cela é confortável e acolchoada,

Para que dar tanto privilégio? Não sei,

Somente a sobriedade que alcancei,

Qualquer um pode,

E muitos querem,

Falta coragem de alcançar,

Uma vida em sociedade... lou-cu-ra,

Prisão com regalias e minha mente só minha,

São escolhas, optei pela melhor,

Mas quem sou eu pra mandar na sua cabeça,

Se não mando nem na minha,

O cheiro da liberdade em uma pastilha de banheiro,

O abraçar branco de correias e cadeados,

Posso sair daqui sim! Mas pra que? Voltar,

Nem pensar... Ou talvez pensar,

Quem sabe! Pensamento livre prefiro,

Mas não concordo e nem ele,

Voz chata, mas eu gosto!