No quartinho do sítio.

No meu recanto

há todos os caminhos,

no momento estou na vértice da ponte,

quase no fim da clareira do dia,

perto da lirica de mim mesmo,

e o encanto do sol que se vai

num rio de pedras expostas nas margens.

já é um entardecer feliz,

patrimônio para o meu coração,

em sintonia e sinfonia,

vida de flores, borboletas, e beija-flores.

As iris coloridas em lágrimas,

amarelo ouro e retalhos em verde

das matas rasteiras das vargens,

e eu em extensão pintado

de doces fantasias e ou quimeras.

Mas, acho que choro na minha ilha

porque sereno marino o anoitecer

vendo o caboclo tempo nos olhos.

Não espero o índio que sou,

me apresso porque vai chover

e já começa a ventania

no triunfo da natureza.

Lembrança da roça e frutas frescas,

refugio dourado no meu império

entre o sonho e a realidade

onde sou mais um veranista

cheio de liberdade poética.

Condor Azul.