POETA

Paira no ar

Uma incógnita

Provável insanidade

Aragem fina que me vibra

Sabem teus versos

Que as intenções decifram

Vontades, e na fala de um raio lunar

O meu quarto adentra

Certa e esperada palavra indizível

Pra que eu tenha talvez,

O tom que carregue

Ao meu céu de olhar

Em acrílico, salpicados

Cristais de chuva

Se no encanto matizado e além

Na claridade

Entre os sonhos onde respirarmos

O cheiro da madrugada aventurar-se

Pelos irrefletidos sentires

De corpos que se queiram usar-se

Em poesia inteiramente.