Ela estava lá ?!

A mortalha da vida faz a sua valsa para desfrutar:

O que passou, jamais em dores acompanhantes,

caminhos inteiros à sós em camas destruídas,

um silencio oculto grita na madrugada

no rijo pelado sepulcro.

Lembra-se da volúpia que firmei

entrando no seu interior

a fogo e ferro dos sonhos,

onde a tua parabólica

sentia ondas em teu prazer sedutor.

Rezou em cartilha por muitas cópulas,

revirando fontes em sendas tortas

sob o meu corpo delirante,

digno de tua abertura de pernas

como se prendesse para sempre

a minha espada de guerreiro.

O ar aquecido por nós molhado de suor na luta,

transamos loucamente umectados de clítoris,

a incentivar ardoroso pudor

por onde instigamos os corpos

transmutando sobre os afãs,

imprescindivelmente elétricos

produzindo a força de um vulcão

queimando o teu fogoso jardim.

Garras de aço arranhado os corpos,

prometi curar-me e curar-te assim que voltarmos

a luxuria do nosso mausoléu.

O ambiente está enfeitiçado,

será nosso desejo eterno,

lá dentro dois corações de anjos,

quando o tempo sem dono

achar uma brecha no incrível,

de oportunidade oficial

para juntos repetirmos,

essa louca dose de amor.

Condor Azul.