Estátua da Justiça

Sob os pés,

A serpente,

Que se revira

Ainda viva.

Arranco-lhe das

Mãos a espada,

Apunhalo seu ventre.

Deixo que a serpente

Sorva o sangue ainda

Quente, crave as

Presas e inocule seu

Veneno.

Arranco as vendas,

Como Èdipo,

Furo os olhos com

A ponta da

Lâmina.

Chora sangue...

Abro o peito,

Retiro o coração e

O coloco sobre a

Balança.

Agora você julga a

Si mesma.

Sega, envenenada,

Ferida e degolada.

A Medusa sorri...

Bruno Azevedo
Enviado por Bruno Azevedo em 13/04/2021
Código do texto: T7230952
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