Matéria prima.

Eu sou um mundo

de decantações dos elementos,

vertente das letras

descontraídas dos meus versos,

ora coloridos de metáforas

que incidem sobre o meu peito,

quando parafraseados por ai

de verbos dilatados,

em bocas desconhecidas

desse meu tempo de poeta.

É certo de que há, poucos de muitos,

mas, o mais certo ainda

é não me abalar ao leu,

diria em um dia qualquer

talvez, muito breve,

que sou feito de titânio

no meu intenso coração,

e jamais ficarei só,

porque as palavras

me acompanham desde os 15 anos.

Eu sorrio e choro ao mesmo tempo,

a seara da literatura

planta em mim, e eu colho,

os sonhos avisados e desavisados,

e é justamente a hora que acontece

essa alegria e tristeza,

mas, sei que não sou

nem grande e muito menos pequeno,

sou a obra que a poesia quer

para todos nós.

Condor Azul.