Silhueta

No cômodo escuro

A luminosidade se

Esgueira pela fresta

Da janela, aberta

Em moldura.

Na silhueta debruçada,

O corpo se insinua,

Erotizando olhar

Oblíquo.

O voo do pássaro

De cores vibrantes,

Faz vibrar a carne

Nas asas da lingerie.

São processos de

Resistência, ato de

Liberdade, que

Ecoam nos olhos

Que contemplam.

Voa sem fronteiras,

Pousando de leve

No desejo alheio,

Para que possa

Gozar os prazeres

Dos que se rendem

Ao seu momento.

Bruno Azevedo
Enviado por Bruno Azevedo em 22/04/2021
Código do texto: T7238404
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