A guilhotina e o prisioneiro

Não me torne o herói

que não sou

nem me julgues vilão

que pensas conhecer.

Não sou mas que um homem

envolvido na dor e que tem como sina

servir a paixão,

que vive na tênue dualidade

entre a guilhotina e o prisioneiro

e que confessas sem temor algum

o crime ainda não cometido.

Não sou mas que a sombra

que necessita da luz pra sobreviver,

não sou mas que a certeza da morte

que coexiste em tempo e espaço

com as dúvidas da vida...

Não quero pensar aonde este caminho

me levará,

quero segui-lo pelos atalhos e encruzilhadas

que minhas loucas escolhas me levarão,

mas preciso me entregar a isto, que desconheço,

que temo, que me consome, mas que

inegavelmente me mantém vivo...

De Pereira
Enviado por De Pereira em 24/07/2021
Código do texto: T7306250
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