Afronésia

E provável que eu não tinha visto,

E passei sem sentir, talvez disperso...

Preocupado com os imprevistos,

Do meu mundo, submerso...

Não ouvi piadas, mas sem querer eu ri,

Não sei de que!! Estava sem noção!

Mas foi ali que eu percebi,

Que perdia um pouco da razão...

Porque as coisas já na faziam sentido,

E nem o sentido, dava-me noção...

Procurando algo em elos perdidos,

Algo que completasse a minha porção...

Pois há muito tempo, sinto-me desfigurado,

Um autorretrato da afronésia...

Porque são palavras que me mantem calado,

E nelas você... Quem diria!

Possuindo-me com sua totalidade,

Cavando raso a minha sepultura...

Deixando uma única flor na minha lápide,

Simbolizado a minha loucura...