Tão só.

Tão só, comigo mesmo,

nunca tinha pensado

no que fazer,

mas, ao lado do meu próprio corpo,

fico esperando o dia nascer.

É um rio muito extenso,

estou a beira de uma das margens,

não quero ter outro sentimento,

a mesma água que passa,

também me lava por dentro.

Colaborei com a natureza desse rio,

chorei as minhas lágrimas durante a noite,

ele não tem culpa,

eu um dia pensei

que seria tão essencial quanto ele o é.

Mas, confesso que não e nada disso,

o poeta quando chora,

é porque quer dá o melhor de si mesmo,

para completar o mundo em que vive,

através da sua poesia.

Condor Azul.