No Brasil.

Noutro dia saí de casa

sem ter hora para voltar,

um pássaro me contou

que eu tinha que chorar,

ora, ora, ora,meus passos...

Sem direção,

meus olhos duros

num horizonte disformado,

naquele momento

não queria ter identidade,

porque todas as responsabilidades

cobravam do meu nome

as mesmas coisas de sempre.

Pensem num fiel destino

daqueles mais rotineiros possíveis

por onde se fica preso

desde quando se acorda

ate o adormecer,

tendo no peito um grito de liberdade

totalmente proibido

por um sistema escravocrata,

que limita a gente no tempo

por ene motivos injustos

e assim, por todos os tipos

de pressões ideológicas,

será mais um a falecer

sem conseguir usufruir

do progresso que ajudou

a construir com o seu trabalho.

Condor Azul.