O BURACO

Vem de dia, vem!

Vem de noite também, vem; não digas que não (sou)

Quem você sempre sonhou, nem digas que não...

Quer que eu fique aqui, até amanhecer, até o sol raiar...

Na imensidão dos nossos sonhos, apareço e me movo...

Através do olhar e das circunstâncias alheias.

Vem (me) dizer, que não vai me esquecer, jamais

Distorcidamente, eu me camuflo e voou... é cruel

Decifrar as insistências, nem...

Aguentar as consequências que nos mantém,

Presos a exaustão da dor,

Que acompanha o amor...

Nos domínios e nos dominós das indiscrições...

- Estou faminto!