Monstros incontáveis

Já não sinto mais medo dos monstros que em mim habitam, sinto pena por não conseguirem se livrar

Desse peso morto chamado passado.

Que insiste em me arrematar.

Quando a noite vinha sempre me angustiava, o medo do escuro me acometia

Mal sabia que não era medo de fantasma, mas do meu demônio que me perseguia.

Não fora, não à vista, não onde eu possa apalpar

Sim dentro, no meu pensamento, na minhas memórias e no meu sonhar

Monstro!

Monstros.

E quantos monstros são? (...)

Incontáveis, talvez.

Renato Guimarães
Enviado por Renato Guimarães em 15/03/2022
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