POEMINHA MALUCO (Reeditado)

Poeminha maluco

Entre as entranhas do mundo e do passado

Me embrenho e me emprenho de nadas...

Navegante, sem itinerário me perco entre ventos e velas,

Nas marolas amenas de desafios constantes

E embarcações naufragadas.

Uma fragata um flagrante, um dia, um instante.

Um sol que ofusca e uma noite que esconde e chega de mãos vazias

Pra me acalentar.

Mergulho em uma concha,

sem acústico, canta uma sereia que passa

E nada entende de humanos...

Netuno se assusta e me espeta em seu garfo,

fujo de seu ataque e pego carona num golfinho amistoso

que me devolve a praia de fel e desgostos, de sal e de céu...

A areia me engole e um siri me cospe fazendo cara feia...

Nas entranhas de um útero divino

busco o seio materno, o colo paterno.

Entender sobre destino e sobre Freud...

Mas nada é belo, simples e explicável

E continuando a odisséia viajo ao planeta Ilusóide

Tentando mudar o imutável.

Laura Duque
Enviado por Laura Duque em 23/11/2005
Reeditado em 22/03/2011
Código do texto: T75435