O barquinho.

 

 

O barquinho se afastou do continente,

foi para mar aberto de águas brutas,

subia e descia nas correntes marítimas,

já não se via mais nada além do céu e do mar,

mas, a noite envolveu o homem comum

e lhe deu um poeta que viu na lua e estrelas,

o quanto vale ter um grande amor.

 

Em seu coração uma silenciosa serenata solitária,

acampou junto ao mastro da bandeira de pirata,

enquanto a sua visão noturna,

osculava uma ilha para aportar ate o amanhecer,

para explorar as belezas naturais

e levar presentes para a sua amada.

 

Ele sabe que é um pirata diferente,

porque em muitas viagens no seu barquinho,

não achou tesouros de maior valor

do que a sua própria poesia,

e jurou para si que seria a sua última viagem,

pois findaria a tua biografia

por amor a sua mulher em forma de poesia.

 

 

                                                       Condor Azul.