CÉU DA SALA
Gira o ventilador
feito hélice voadora,
me tira do chão.
Branco teto/céu.
Teu,meu...
Sem nuvens.
Eu preciso voar,
deitar palavras num
céu distante.
Versejar a alma
céu anil.
Enroscar meus passos
no meio- fio,
da tua rua.
Vôo sem rota.
Poesia amarrotada,
dentro de mim...
Eu preciso voar,
alimentar-me do gosto
bom da tua
boca.
O céu da sala,escurece...
Vou chover por aqui.