O Poeta

Meus poemas são vômitos no escuro

Calado, mudo, engolindo tudo

Acuado, inofensivo como o verme que tu esmagas

Eu canto a ilusão do filho que não conheceu o pai

A ânsia que não saciastes

Sou a palavra do covarde

O empenho do fracassado

O silêncio do oprimido

A ferida que escondes com aversão a ti mesmo

Denis Glauber da Silva Reis
Enviado por Denis Glauber da Silva Reis em 02/09/2022
Reeditado em 15/10/2022
Código do texto: T7596894
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