Tentáculos

Qual podre regorgitar

De vísceras, sacode

As plumas coaguladas

No engasgo do

Sufocamento.

Lápide aberta ao

Túmulo turvo dos

Olhos espelhares,

Refletindo o sem

Fundo dos fungos

Plurimodais.

Abre a garganta

No corte jugular

Que grita com

Matizes rubros,

Respingando um

Riso em rio.

Despetalando em

Despertares de

Insônia sonhada

Pelas dobras duras

Que a realidade

Oprime.

Veste a tua carne

E caminha pelo

Mundo se fazendo

Corpo.

Mas não se esqueça...

É preciso se desfazer dos

Órgãos.

Bruno Azevedo
Enviado por Bruno Azevedo em 10/10/2022
Código do texto: T7624699
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