FEITA DE SILÊNCIOS
Silêncio interrompido,
ruídos e poemas.
Telhados molhados,
chuva fresca e veloz.
O sol esconde-se,
sob a mesa da sala.
Degusto o café,e a fé
que eu mereço,espalha-se...
A faca sobre a mesa,
sobrevive, convivências...
A velha janela,encanta-me
e conta-me segredos.
Silêncio interrompido
pelo vidro.
Cacos e poemas.
Caos e teoremas.
Comprovo a sorte.
Imito a sagacidade da
morte, interpreto-me
em mil dilemas.
Palavras interrompidas,
bocas e flores de plático.
Almas sem perfumes...
Meu avesso,e meus costumes.
Prefiro os meus silêncios,
os meus ruídos, os meus
poemas.