FEITA DE SILÊNCIOS

Silêncio interrompido,

ruídos e poemas.

Telhados molhados,

chuva fresca e veloz.

O sol esconde-se,

sob a mesa da sala.

Degusto o café,e a fé

que eu mereço,espalha-se...

A faca sobre a mesa,

sobrevive, convivências...

A velha janela,encanta-me

e conta-me segredos.

Silêncio interrompido

pelo vidro.

Cacos e poemas.

Caos e teoremas.

Comprovo a sorte.

Imito a sagacidade da

morte, interpreto-me

em mil dilemas.

Palavras interrompidas,

bocas e flores de plático.

Almas sem perfumes...

Meu avesso,e meus costumes.

Prefiro os meus silêncios,

os meus ruídos, os meus

poemas.

Luciane Lopes
Enviado por Luciane Lopes em 06/12/2007
Código do texto: T766891
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