INSANA

Meus olhos caem, doem de pranto.

A mascára da loucura era sana.

Do corpo carnal nada emana - sou bossal!

Boca suja do lixo, rasgo provérbios.

Improviso qualquer oração - Deus nenhum me ouviria mesmo!

Esqueci o metal - vil metal!

Não é preciso...

como sonhos dormidos e bebo pesadelos.

Rabisco a areia da praia, pixo o céu com blasfêmias,

derrubo estrelas com meus impropérios.

Embriagada de tédio corro num carro velho atropelando a vida

e omitindo socorro.

Brigo com o vizinho, prendo o passarinho, chuto o cachorro

e morro....

morro de rir.

Laura Duque.

Laura Duque
Enviado por Laura Duque em 26/11/2005
Código do texto: T76713