Em algum lugar do Passado
Queria voltar
Em algum lugar do passado
Pra outrora estar ao seu lado
E me sentir amado
A vida passou
A melanina dos meus cabelos
Tingem a minha realidade
Mas além daquela porta sou jovem
Sei que é só uma ilusão
Te amar deixou me escravo
De uma decepção
Não, um engano
Mas ao adentrar a aquela porta
Sou eu novamente
Você volta a existir
Linda e jovem
Te amarei pra sempre pois o amor
É eterno, e voce existe
Não é uma ilusão, e não é algo
Em algum lugar do passado.
O poema é composto por três estrofes, sendo a primeira composta por duas orações coordenadas assindéticas. A segunda estrofe é composta por duas orações independentes e uma oração subordinada adverbial temporal introduzida pela conjunção "enquanto". A terceira estrofe é composta por uma oração independente e uma oração subordinada adjetiva explicativa introduzida pela conjunção "pois".
Análise morfológica:
O poema é composto por 58 palavras, das quais 42 são substantivos, verbos e adjetivos. Há predominância de verbos no tempo presente e pretérito perfeito do indicativo, indicando a ação de falar sobre o passado e suas consequências no presente. O poema apresenta também o uso de pronomes pessoais, demonstrativos e possessivos, além de contrações e preposições que estabelecem as relações entre as palavras.
Análise estilística:
O poema apresenta uma estrutura simples, com rimas emparelhadas e poucos recursos estilísticos. O autor utiliza a repetição do pronome "eu" e do verbo "ser" para enfatizar a subjetividade do poema e a necessidade de afirmar a própria existência. A presença da figura de linguagem da ilusão revela a saudade e o desejo de reencontrar o passado, mas a consciência de que ele é inatingível. O autor também expressa a ideia de que o amor é eterno e supera as barreiras do tempo e da ilusão.