Em memória de Vitória Soares

Na insatisfação impotente

De ver ir-se em vão

O sonho cultivado com tão zelo

E como navio sem ancora

A Afogar-se em aguas rasas

Nua, exposta e violentada

Pelo que o próprio sonho se tornou

Querer ter forças

Mas sufocar-se na solidão

O olho que vê o que não se vê

O verme que passeia sob a pele

O resto como única opção

Não poder mais ter nem a lembrança como abrigo

Sentir o nó no pescoço se apertar

E o ar na garganta faltar

És livre agora

Não pertences mais a este mundo

És eterna no coração daqueles que te amaram

Denis Glauber da Silva Reis
Enviado por Denis Glauber da Silva Reis em 19/11/2023
Reeditado em 26/11/2023
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