NÃO TENHO CULPA

Meu olhar despiu teu ser,

Envolvi-me em teus mistérios,

Abracei teu corpo, beijei tua boca.

Senti teu prazer dentro de mim,

Como seiva se derramou quente...

Ofegante, gritei... Sussurrei,

Fui ao clímax.

A hora chegou

Vestiu-se e partiu, deixando-me adormecida.

Como andarilho fugiu na madrugada...

Acordei, e ao erguer minhas mãos a tua procura...

Nada encontrei,

Apenas o vazio... Você se foi.

Não fiquei triste,

Procurei lembrar os bons momentos vividos,

Do nosso amor proibido.

O nosso segredo

Que nos tornou comuns do mesmo desejo.

Coisas nossas procuras e loucuras...

Irrepartíveis, alienadas dos preconceitos,

No silêncio... Desse amor proibido.

Sem culpas, sem medos...

Apenas preenchido

Pela cruel realidade dos riscos,

Dos nossos instantes,

Jamais esquecidos.

Não me condene... Não tenho culpa!

O meu amor simplesmente, aconteceu.

Socorro Carvalho

Socorro Carvalho
Enviado por Socorro Carvalho em 03/01/2008
Código do texto: T801917