INEBRIANTE

Inebriante era o perfume dela

Passava pelas ruas as pessoas se viravam

Da onde vinha aquele aroma

Aquela luz, aquele brilho, aquela paz

Era de virar o pescoço

A procura daquela fonte inesgotável

De doçura, formosura, gostosura

Era de uma flor, de uma planta, de uma bebida

Não sabiam de nada

E o perfume ia deixando o rastro

De candura, belezura, loucura

Viravam todos, queriam seguir

Procuravam, mas não encontravam

Enlouqueciam, torturavam, buscavam

E não encontravam

A joia rara, polida, mais valiosa

E quem um dia encontrou

Não teve capacidade de entender

A grandiosidade do valor

E a perdeu para sempre

Para o mundo sem perceber.

Ana Amelia Guimarães
Enviado por Ana Amelia Guimarães em 20/04/2024
Código do texto: T8045939
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