Algo...04/janeiro...

Os anti - depressivos

Já não tem efeito

Nesse organismo vazio

Meu cérebro pode explodir

Dentro de alguns instantes

Perdi todos os controles

O desequíilibrio agora pertence a mim

Fico involuntária as idéias

As lágrimas expelidas

Já não dizem nada

Algo alugou minh'alma

Depois de um olhar encarado

No quarto em penumbra

A voz disse:fica criança!

Quem sou eu agora?

Décimo quinto andar

Altos palavrões dedilhados

A fumaça do cigarro

Agita - me os nervos e pulmões

Vou até a varanda respirar

Chego na minha morada

Os nervos mais conversantes

Mais não durmo!

O tempo é inimigo constante

Durmo...talvez acordo...

E,algo que rir

Toma o meu eu para si

Algo depois do dia 04 de janeiro...

Está morando em mim.